quinta-feira, 13 de abril de 2017

      A DEVASTAÇÃO NA CLASSE POLÍTICA


             
                         Resultado de imagem para força-tarefa lava a jato ea mídia         



A classe política foi duramente atingida pela lista do Ministro Edson Fachim, do STF, com 96 políticos a serem investigados em Inquéritos Policiais. O Congresso Nacional foi atingido duramente.

Este tipo de instrumento sempre foi estigmatizante, mesmo que o sujeito nunca tenha feito nada ilícito e no final fique provado que tudo não passou de uma trama para prejudicá-lo para um político sempre será um prejuízo seu nome constar em uma lista desta natureza.

Constar nesta razia nomes do PT é regra para a força-tarefa da Operação Lava a Jato e a mídia a ela associada, mas destruir o PT e os ex Presidentes Lula e Dilma não basta, detonar a classe política é a garantia de que outros não vão cair na tentação de copiar as ações dos governos petistas.

Só assim os verdadeiros coordenadores destas ações e que residem no exterior terão uma garantia de que por tão cedo não aparecerão outros para pôr em prática programas tão ousados de distribuição de renda e construção da infra-estrutura, demandas básicas para rompermos o ciclo de uma economia semi-escravocrata.

A dureza do confronto não deve nos surpreender. Não devemos esquecer que a luta política sempre foi assim desde a Grécia e Roma antigas. Quando a disputa é civilizada o sujeito é apenas caluniado e difamado. No acirramento do embate as consequências são prisões, torturas e assassinatos.

A lista de políticos que serão investigados atingiu em cheio o Congresso Nacional. A classe política brasileira estar sendo devastada para que o objetivo seja atingido. Para tanto não basta destruir o PT e suas lideranças, como garantia é preciso a terra arrasada.

Não esqueçamos de que sem a base aliada o PT não teria governado ou ganhado a eleição em 2002 e as seguintes. Uma parte da classe politica estava envolvida no projeto petista.

Ruim ou boa, esta é a classe política que temos e que foi parida pela sociedade brasileira para conduzir os destinos políticos do Estado. Foi com parte dela que retiramos milhões de brasileiros,  abandonados socialmente, da miséria e semi-escravidão.

Caso a classe política seja posta a pique como pretende a força-tarefa da Operação Lava a Jato não surgirá uma política “nova e limpa”, virá coisa pior pois o lodo vai subir. Aventureiros e amadores de todos os tipos - Bolsonaro, Dória - vão ocupar o lugar dos degolados.

A classe dominante nunca conviveu bem com a democracia pois a disputa política, ainda que desigual em recursos, quando democrática sempre podou seus desejos de lucros infinitos e a exploração mais brutal.

Todos sabemos que a disputa hoje ocorre entre dois líderes e dois projetos, o ex Presidente Lula defendendo o combate à desigualdade e Sérgio Moro cavalgando a onda moralista de fachada para obstar o combate à economia semi-escravocrata.

A Operação Lava a Jato pela destruição das empresas de engenharia pesada, do projeto nuclear brasileiro, pela entrega do pré-sal às empresas estrangeiras resta configurada como a longa manus dos EUA em nosso território.

Por favor, não me venha falar em corrupção pois este espantalho só sai do armário contra governos de viés nacionalista na economia e fortalecimento do mercado interno, por consequência.

Pelo que sei da história de vida de alguns políticos creio que sobreviverão. Lula, Dilma, Humberto Costa, Gleise Hofman, Lindberg Farias e o Galego (Jacques Wagner) resistirão a esta degolação.

Resta saber é se a democracia sobreviverá por muito tempo a uma investida - mesmo oblíqua e mascarada - desta magnitude.

Se ocorrer uma saída armada deste embate aqueles que se puseram a serviço dos EUA precisarão fugir para Miami.


Nenhum comentário:

Postar um comentário