A DEVASTAÇÃO NA CLASSE POLÍTICA
A classe
política foi duramente atingida pela lista do Ministro Edson Fachim, do
STF, com 96 políticos a serem investigados em Inquéritos Policiais. O Congresso
Nacional foi atingido duramente.
Este tipo de instrumento sempre foi estigmatizante,
mesmo que o sujeito nunca tenha feito nada ilícito e no final fique provado que
tudo não passou de uma trama para prejudicá-lo para um político sempre será um
prejuízo seu nome constar em uma lista desta natureza.
Constar nesta razia nomes do PT é regra para a força-tarefa
da Operação Lava a Jato e a mídia a ela associada, mas destruir o PT e os ex Presidentes Lula e Dilma não
basta, detonar a classe política é a garantia de que outros não vão cair na
tentação de copiar as ações dos governos petistas.
Só assim os verdadeiros coordenadores destas ações e que residem
no exterior terão uma garantia de que por tão cedo não aparecerão outros para
pôr em prática programas tão ousados de distribuição de renda e construção da
infra-estrutura, demandas básicas para rompermos o ciclo de uma economia semi-escravocrata.
A dureza do confronto não deve nos surpreender. Não
devemos esquecer que a luta política sempre foi assim desde a Grécia e Roma
antigas. Quando a disputa é civilizada o sujeito é apenas caluniado e difamado.
No acirramento do embate as consequências são prisões, torturas e assassinatos.
A lista
de políticos que serão investigados atingiu em cheio o Congresso Nacional. A
classe política brasileira estar sendo devastada para que o objetivo seja
atingido. Para tanto não basta destruir o PT e suas lideranças, como garantia é
preciso a terra arrasada.
Não esqueçamos de que sem a
base aliada o PT não teria governado ou ganhado a eleição em 2002 e as seguintes. Uma parte da
classe politica estava envolvida no projeto petista.
Ruim
ou boa, esta é a classe política que temos e que foi parida pela sociedade
brasileira para conduzir os destinos políticos do Estado. Foi com parte dela
que retiramos milhões de brasileiros, abandonados socialmente, da miséria e
semi-escravidão.
Caso
a classe política seja posta a pique como pretende a força-tarefa da Operação Lava
a Jato não surgirá uma política “nova e limpa”, virá coisa pior pois o lodo vai
subir. Aventureiros e amadores de todos os tipos - Bolsonaro, Dória - vão
ocupar o lugar dos degolados.
A
classe dominante nunca conviveu bem com a democracia pois a disputa política,
ainda que desigual em recursos, quando democrática sempre podou seus desejos de
lucros infinitos e a exploração mais brutal.
Todos
sabemos que a disputa hoje ocorre entre dois líderes e dois projetos, o ex
Presidente Lula defendendo o combate à desigualdade e Sérgio Moro cavalgando a
onda moralista de fachada para obstar o combate à economia semi-escravocrata.
A Operação Lava a
Jato pela destruição das empresas de engenharia pesada, do projeto nuclear
brasileiro, pela entrega do pré-sal às empresas estrangeiras resta configurada
como a longa manus dos EUA em nosso território.
Por favor, não me
venha falar em corrupção pois este espantalho só sai do armário contra governos
de viés nacionalista na economia e fortalecimento do mercado interno, por
consequência.
Pelo
que sei da história de vida de alguns políticos creio que sobreviverão. Lula,
Dilma, Humberto Costa, Gleise Hofman, Lindberg Farias e o Galego (Jacques
Wagner) resistirão a esta degolação.
Resta
saber é se a democracia sobreviverá por muito tempo a uma investida - mesmo
oblíqua e mascarada - desta magnitude.
Se ocorrer uma
saída armada deste embate aqueles que se puseram a serviço dos EUA precisarão
fugir para Miami.
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