O PÂNICO DOS GOLPISTAS
Guardar segredo é
uma das coisas mais difíceis do mundo pois muitas vezes as informações brotam
dos dados, da conjuntura, da realidade, do ambiente, como queiram chamar.
Vamos aos fatos: conforme o
resultado das últimas pesquisas de opinião é indene de dúvidas que o ex
Presidente Lula disputando ou não a próxima eleição para Presidente
influenciará decisivamente o resultado.
E aí, os golpistas estarão
dispostos a aceitar o resultado? Sobre isto a história sempre tem alguma coisa para nos ensinar. Esta é a situação, que é muito parecida com a que
enfrentaram os golpistas de 1964, com a que os Bolcheviques viveram com a
família Romanov e os revolucionários franceses de 1789 experimentaram com o rei Luis XVI e a rainha Maria Antonieta. Este tipo de situação política tem um desenlace e todos nós conhecemos como
terminou.
É bem verdade que
nenhum golpista irá para o banco dos réus, caso sejam vencidos na próxima
eleição pelo ex Presidente Lula ou este influencie no resultado derrotando-os. Mas
a luta politica pelo poder tem lógica própria, que é amoral e poucos resistem. Isto me faz lembrar Max Weber ao dizer que quem se mete com política mexe com
forças demoníacas.
No ano de 1976
políticos como Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek, Brizola e Jango estavam
recuperando os direitos políticos que haviam perdido por dez anos por
determinação da ditadura.
Os golpista de 1964 entraram em pânico. A
volta dos quatro à arena política era uma ameaça pois unidos em frente única
cobririam todo o espectro do eleitorado e colocaria a ditadura no banco dos réus. Três deles tiveram mortes estranhas,
muito próximas, duas delas investigadas pela Comissão Nacional da Verdade.