domingo, 26 de março de 2017

         O PÂNICO DOS GOLPISTAS


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Guardar segredo é uma das coisas mais difíceis do mundo pois muitas vezes as informações brotam dos dados, da conjuntura, da realidade, do ambiente, como queiram chamar.

Vamos aos fatos: conforme o resultado das últimas pesquisas de opinião é indene de dúvidas que o ex Presidente Lula disputando ou não a próxima eleição para Presidente influenciará decisivamente o resultado.

E aí, os golpistas estarão dispostos a aceitar o resultado? Sobre isto a história sempre tem alguma coisa para nos ensinar. Esta é a situação, que é muito parecida com a que enfrentaram os golpistas de 1964, com a que os Bolcheviques viveram com a família Romanov e os revolucionários franceses de 1789 experimentaram com o rei Luis XVI e a rainha Maria Antonieta. Este tipo de situação política tem um desenlace e todos nós conhecemos como terminou.

É bem verdade que nenhum golpista irá para o banco dos réus, caso sejam vencidos na próxima eleição pelo ex Presidente Lula ou este influencie no resultado derrotando-os. Mas a luta politica pelo poder tem lógica própria, que é amoral e poucos resistem. Isto me faz lembrar Max Weber ao dizer que quem se mete com política mexe com forças demoníacas.

No ano de 1976 políticos como Carlos Lacerda, Juscelino Kubitschek, Brizola e Jango estavam recuperando os direitos políticos que haviam perdido por dez anos por determinação da ditadura.

Os golpista de 1964 entraram em pânico. A volta dos quatro à arena política era uma ameaça pois unidos em frente única cobririam todo o espectro do eleitorado e colocaria a ditadura no banco dos réus. Três deles tiveram mortes estranhas, muito próximas, duas delas investigadas pela Comissão Nacional da Verdade.


sexta-feira, 24 de março de 2017

             A SOCIEDADE DE MARIDOS TRAÍDOS

   
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O sujeito coletivo e abstrato chamado classe social teorizado por Marx tem enorme serventia para compreensão dos fatos sociais mas considero insuficiente.

Sem um mergulho nas profundezas do inconsciente e nas fraquezas do ser humano, enfim, sem conhecer a estrutura psicológica dos sujeitos concretos todo conhecimento sobre a sociedade é superficial.

Hoje penso que sem recorrer a Freud qualquer conhecimento sobre as classes sociais é mero exercício de abstração. Meu interesse pela obra deste extraordinário pensador voltou em razão desta constatação. 


A resistência em aceitar certas facetas da realidade durante o processo psicanalítico era conhecida por Freud. Tenho por certo que é a mesma resistência que acomete a sociedade ao não aceitar facetas nuas e cruas da sociedade mostradas pela teoria social.                  

Vejamos um exemplo, sem dúvidas que muita gente descobriu e está descobrindo que foi enganada pelo veneno diário despejado pela mídia contra o PT. 

A porrada dada pelo governo golpista instalado com o golpe embuçado sob o impeachment falso da ex Presidenta Dilma é grande, desemprego, fim da CLT, desmonte paulatino de serviços público essenciais de saúde e educação com a Emenda Constitucional n º 95, que limitou por vinte anos o aumento dos gastos públicos da União.

Está bem, a sociedade como nós paga para aprender, quando aprende, as massas aprendem pela experiência e não pela teoria, mas tem um porém que eu não levava em consideração: existem realidades que as pessoas resistem em aceitar.

Este é um óbice desconsiderado e até ignorado pela teoria social e política mas por demais conhecido por Freud e seus discípulos. Por exemplo, aceitar que foi feito de tolo não é fácil, exige intrepidez e fortaleza de caráter, valores escassos em qualquer época.

Não subestimem, uma das razões pela qual a sociedade resiste em mudar além da opacidade das relações sociais de classe é a dificuldade em aceitar a crueza de certas facetas da realidade mostradas pela teoria social.

No português do povo, neste aspecto a sociedade quase sempre se comporta como aquele marido traído que flagra a mulher com outro na sala e a reação é mandar queimar o sofá.

Enfim, para a sociedade é mais fácil odiar quem diz a verdade do que aceitá-la. Se duvida faça uma experiência.
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