sexta-feira, 3 de junho de 2016

     GOLPISTAS MANDAM A CONTA


O maior impacto do acesso ao cofre é o do salário dos Ministros do STF 


O Judiciário do qual o ex Ministro de Joaquim Barbosa, o Ministro Ricardo Levandowski e Sérgio Moro são a quintessência exibe as luvas em desafio a quem quiser defender o Estado Democrático de Direito plasmado na Constituição de 1988: um juiz de Brasília considerou reportagem a capa da VEJA divulgada na véspera da eleição presidencial de 2014 - aquela mentira que quase implica na derrota da Presidenta Dilma -, mesmo sendo absolutamente falsa a narrativa veiculada pelo panfleto ordinário dos Civitas [1].

Com o golpe de Estado ora em curso em verdadeiro retrocesso civilizatório e constitucional nada está tão ruim que não possa piorar. Se antes agiam assim como agiu o juiz em benefício dos Civita  imaginem agora o que farão contra a esquerda turbinados com a grana que o mordomo de filme de terror que ocupa interinamente a Presidência da República pagou ao condomínio golpista como recompensa pelo trabalho sujo [2] contra a ordem constitucional.

A Câmara dos Deputados na madrugada de quarta-feira, dia 1º para o dia 2 de junho, votou um aumento para 32 carreiras do Estado e criou mais de 11,5 empregos cujas vagas serão preenchidas sem concurso. O mordomo havia jurado extinguir 4 mil cargos comissionados. O maior impacto do acesso ao cofre é o salário dos Ministros do STF.

Não restam dúvidas que o Estado foi tomado por assalto. A Presidenta Dilma havia vetado lei neste sentido pois atentatória ao interesse público, o equilíbrio orçamentário para evitar o descalabro das contas públicas.

O Procurador Geral Rodrigo Janot, representando o Ministério Público, e o Ministro Ricardo Levandowski, representando o Judiciário, apresentaram a fatura ao mordomo usurpador, que assentiu e ordenou a votação do achaque na Câmara.

Esta recompensa aos que permitiram e se empenharam no golpe de Estado em curso vai custar 100 bilhões de reais até 2019 aos cofres da União e serão pagados com o aumento da dívida pública.

Esta gente um dia deverá ser responsabilizada por este assalto ao poder e aos cofres públicos pois não podem negar o conluio golpista entre Ministério Público e Judiciário para o golpe de Estado e erosão do Estado de Direito.

Dotada de conhecida sabedoria mundana a classe dominante criou entre ela e o povo brasileiro um colchão cujo estofo é uma burocracia regiamente remunerada com fundos públicos formada por membros do Judiciário, do Ministério Público, do fisco, da cúpula das estatais e que se caracteriza por ser o sustentáculo da ordem jurídico-política semi-escravocrata [3] e por reivindicar acesso exclusivo aos fundos públicos, como prova o combate feroz que faz aos programas sociais destinados a elidirem a abissal desigualdade e promoverem inclusão social.

Foi esta burocracia cevada com os fundos públicos e que se vê como uma "nobreza" em pleno Estado republicano que foi acionada e desempenhou papel de tropa de choque nesta nova modalidade de golpe de Estado - apressada pela recompensa  recebeu com este achaque sua parte do butim.

Traidora dos interesses nacionais esta burocracia tem interesses próprios e colidentes com o presente e o futuro do país pois sem criação e fortalecimento do mercado interno pelos programas sociais e demais políticas distributivas de renda jamais seremos um país materialmente independente e sequer obteremos um patamar mínimo de civilização.  

Tal qual a classe dominante que tem Miami como cidade para residir esta "nobreza" de araque não tem nenhum compromisso com o país que lhe ceva.

Temos que pensar como enfrentar esta cambada de burocratas inimigos do povo brasileiro pois a ordem que defendem entra em colisão com a Constituição de 1988 e com os interesses nacionais em fazer do Brasil um país industrializado com base no mercado interno fortalecido pelo combate radical à desigualdade social e com inclusão social.

Notas

[1] É dever da imprensa publicar informação relevante, ainda que sigilosa

[2] Governo escancara cofres para as corporações http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/…/governo-escan…/

[3] Com aval de Temer, Câmara aprova pauta-bomba de R$ 58 bi em reajustes

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