terça-feira, 28 de abril de 2015

NÃO VÃO FREAR AS REFORMAS


           NÃO VÃO FREAR AS REFORMAS 

                      
                                          

O PT tem feito governos moderados, realistas, compatíveis com a força que tem no Congresso Nacional e com o dinheiro disponível no Orçamento da União.

Todas as ações do partido foram com base na Constituição Federal, por exemplo, os programas de erradicação da pobreza e desigualdades sociais e regionais têm amparo no inciso III do art. 3º da Constituição Federal pois estes são objetivos da República.

A criação de dezoito universidades e mais de trezentas escolas técnicas têm amparo na Constituição no art. 205 que tornou positivado o direito a educação, que passou a ser um dever do Estado.

Enfim, não existe uma ação dos Governos do PT que não encontre amparo na Constituição da República. No entanto, parte da classe dominante, mais especificamente aquela sediada em São Paulo e que tem seus anseios vocalizados pelo PSDB resiste, teima contra estas reformas mínimas da sociedade e do Estado brasileiro.

Nesta resistência encetada por parte da classe dominante o uso do Estado - a parte que conseguiu aparelhar -, para encarcerar adversários, em processos forjados, sem provas, tem sido a principal arma usada como meio de ganhar a luta política pelo governo federal e tentar destruir o PT.

É sabido que Zé Dirceu foi condenado sem provas; que Zé Genoíno foi signatário de três contratos de empréstimos como Presidente do PT e foi condenado mesmo o partido tendo pagado os empréstimos; João Paulo Cunha jamais desviou qualquer quantia da Câmara dos Deputados, em sua defesa esgrime documentos e a aprovação de suas contas pelo TCU; é do conhecimento de quantos queiram saber que Henrique Pizzolato não desviou a grana do Fundo de Incentivo Visanet, 73 milhões de reais, pois jamais dispôs de poder no Banco do Brasil para movimentar qualquer quantia nem este dinheiro pertencia ao BB.

Estão presos os condenados na Ação Penal 470, chamada pela mídia golpista de "mensalão"; estão presos preventivamente João Vaccari e sua esposa e outros serão igualmente condenados e presos basta que o PT continue competitivo na disputa pelo governo federal e não amorteça o ímpeto reformista.

Enfim, a parte da classe dominante que apóia o PSDB está usando como arma política processos forjados e condenações à prisão de adversários para tentar obstar quaisquer reformas por via legal, pacífica e eleitoral mas também estão provocando desilusões quanto a estes caminhos.

Revolucionários são pessoas desiludidas com o caminho pacífico e legal para alcançar seus objetivos reformistas. É assim que acontecem as revoluções. Quando chegar a um ponto em que recorrer à violência for o único meio possível para se obter as reformas necessárias ele será usado. 

A sociedade brasileira amadureceu. Chegamos a um estágio como sociedade em que não serão freadas as reformas que retirem a população do estado de semi-escravidão a que a classe dominante tem relegado a maioria do povo brasileiro.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

O CONTÁGIO DO MAL EXEMPLO


           


 
Os direitos mais importantes, os DIREITOS FUNDAMENTAIS DO CIDADÃO e os DIREITOS SOCIAIS, estão sob ataque do PSDB e do DEM no Congresso Nacional. Estes dois partidos capitaneiam a votação da redução da maioridade penal por meio da PEC – Proposta de Emenda Constitucional – nº 171/93 e a terceirização da força de trabalho através do Projeto de Lei nº 4.330 em visível subtração destes direitos. 

Não esqueçamos que a vulneração de direitos e garantias dos cidadãos constitucionalmente assegurados começou no STF com o julgamento da Ação Penal 470, o "mensalão", que teve o ex-ministro Joaquim Barbosa como comandante desta ofensa mas não o único responsável. 

Todo mundo sabe que esta vulneração de direitos têm endereço certo, o Partido dos Trabalhadores. Neste momento tudo está valendo para destruir o partido diante da opinião pública e retomar o governo federal.

O uso do Poder Judiciário para defender os interesses de uma classe tem pai e mãe. As pegadas dos Ministros do STF na investida aberta aos DIREITOS FUNDAMENTAIS na Ação Penal 470 serviram de mal exemplo e são agora seguidas por Sérgio Moro e membros do Ministério Público. 

Papel igualmente infame só o desempenhado pela mídia no intento vil de tornar banal e normal a subtração de importantes direitos como o de qualquer cidadão ser julgado por um juiz imparcial e o direito à verdade, que jamais deve ser malbaratada em um processo. 

O juiz Sérgio Moro inverteu na Operação Lava a Jato a presunção de inocência, ou seja, alguém só é culpado, e aí deve ser preso, quando a condenação transita em julgado, não cabe mais recurso. Para o douto juiz a presunção é de culpa: prende-se primeiro e o cidadão que prove que não é culpado.   

Esta é a situação de João Vaccari e de outros mais de sessenta cidadãos presos na Opereção Lava a Jato: vitimados por Sérgio Moro ao inverter o estado de não culpabilidade antes da condenação irrecorrível.

Juristas e advogados com larga militância na profissão previam uma calamidade para os DIREITOS INDIVIDUAIS FUNDAMENTAIS depois da Ação Penal 470 dado que as barbaridades cometidas naquele processo  serviriam de parâmetro para as condutas de membros do Ministério Público, juízes e para uns alienados que ensinam direito nas faculdades. 

As consequências da conduta dos Ministros do STF estão escancaradas, membros do Ministério Público e Juizes sem pejo estão a defender medidas tais como uso de provas colhidas de maneira ilícita e a prisão para forçar a delação [1].
 
Juristas e advogados experientes acertaram no vaticínio agourento e eis aqui um exemplo filhote do mal exemplo: o Ministério Público pediu o arquivamento do Inquérito Policial em que se apurou o assassinato do camelô Carlos Augusto Muniz [2] ocorrido no dia 17 de setembro de 2014 na cidade de São Paulo e a juíza Eliana Cassales Tosi aquiesceu, mesmo com vídeo, fotos e testemunhas da brutal e desnecessária ação do policial.

O camelô tentou retirar um spray das mãos do policial e levou um tiro no rosto [3]. Qualquer estudante de direito sabe que não cabe legítima defesa para eximir de ilicitude a ação do policial, um mísero spray não é mais importante que a vida, e note-se que sequer foi retirado do policial. 

A coisa é tão grave e acintosa às provas do crime que nem os advogados do policial esperavam tamanho homizio [4] daqueles que têm o dever de efetivar os DIREITOS FUNDAMENTAIS e punir os transgressores.  

Neste momento tão delicado em que é preciso invocar a proteção dos DIREITOS FUNDAMENTAIS para os cidadãos dos bairros periféricos das grandes cidades brasileiras contra a ação policial violenta e homicida estes direitos estão sendo vulnerados por quem tem o dever de efetivá-los, o Ministério Público e o Poder Judiciário.

Joaquim Babosa agora não está sozinho na lista dos nefastos da República, Sérgio Moro agora lhe faz companhia.

Notas

[1] Delações premiadas da "lava jato" não têm valor, afirma Bandeira de Mello


[2] Justiça ignora vídeo, e arquiva processo de PM que matou camelô

 
[3] Confirmado: PM mata camelô na Lapa com tiro na cabeça


[4] Processo de PM que matou camelô na Lapa (SP) é arquivado
http://www.redetv.uol.com.br/…/processo-de-pm-que-matou-cam…

domingo, 26 de abril de 2015

                            IMPRENSA CHAPA-BRANCA

           



Assistir aos programas jornalísticos da tv é ser convidado a se expor a alguns minutos de puro ódio. Uma das razões para destilar este ódio contra pessoas e partidos de esquerda, principalmente o PT, é a impossibilidade dos grandes grupos da mídia assaltarem os cofres da União sob o manto protetor das verbas com publicidade.  

Sem oportunidades de achacar os Governos de Lula e Dilma os seis grupos que controlam a mídia no Brasil, os grupos que decidem o que você eu devemos saber, resolveram fazer nos dias que correm a mais dura investida para destruir o PT e retirá-lo do governo federal por quaisquer meios [1].

Sem as verbas turbinadas (principalmente em governo tucano) do orçamento público do governo federal a mídia golpista não sobreviverá, é o que estamos vendo no momento em que corte de custos com demissões no setor evidenciam a luta pela sobrevivência. 

O Estadão demitiu gente - alguns pistoleiros e puxa-sacos, outros trabalhadores honestos -, o que também ocorreu na famiglia Civita, com o encolhimento do patrimônio da Abril. 

Os grupos econômicos que controlam a mídia, resumidos em seis famílias, estão enfrentando a crise provocada pela web, a passagem da predominância da mídia papel para a digital mas também o descrédito e o passivo de ódio que acumularam com a sociedade brasileira ao longo dos anos em que remaram contra as reformas empreendidas pelos governos do PT.

Toda a imprensa brasileira sempre foi subvencionada, principalmente com verba pública, quem quiser conferir este fato basta ler os livros "MINHA RAZÃO DE VIVER", memórias de Samuel Wainer, o fundador do jornal Ultima Hora, e a biografia do gangster mais corajoso do setor, Assis Chateaubriand, feita por Fernando Morais, "CHATÔ, O REI DO BRASIL".

Mas achacar governos e empresas nunca foi exclusividade de Chateubriand, o falecido dono da Editora Abril, Roberto Civita, era também profissional neste expediente. Um relato interessante de uma tentativa de achaque perpetrada por ele está neste link [2] e narrado pelo jornalista Ricardo Kotscho, testemunha do ocorrido; aqui uma passagem da narrativa deste episódio: 

Faz tempo que o negócio da "Veja" não é informar, mas apenas jogar suspeitas contra os líderes e os governos do PT, os grandes inimigos da família.

E se os leitores quiserem saber a causa desta bronca, posso contar, porque fui testemunha: no início do primeiro governo Lula, o presidente resolveu redistribuir verbas de publicidade, antes apenas reservadas a meia dúzia de famílias da grande mídia, e a compra de livros didáticos comprados pelo governo federal para destinar a esc0las públicas.

Ambas as medidas abalaram os cofres da Editora Abril, de tal forma que Roberto Civita saiu dos seus cuidados de grande homem da imprensa para pedir uma audiência ao presidente Lula. Por razões que desconheço,  o presidente se recusava a recebe-lo.

Depois do dono da Abril percorrer os mais altos escalões do poder, em busca de ajuda, certa vez, quando era Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, encontrei Roberto Civita e outros donos da mídia na ante-sala do gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto."

"Agora vem até você me encher o saco por causa deste cara?", reagiu o presidente, quando lhe transmiti o pedido de Civita para um encontro, que acabou acontecendo, num jantar privado dos dois no Palácio da Alvorada, mesmo contra a vontade de Lula.

No dia seguinte, na reunião das nove, o presidente queria me matar, junto com os outros ministros que tinham lhe feito o mesmo pedido para conversar com Civita. "Pô, o cara ficou o tempo todo me falando que o Brasil estava melhorando. Quando perguntei pra ele porque a "Veja" sempre dizia exatamente o contrário, esculhambando com tudo, ele me falou: `Não sei, presidente, vou ver com os meninos da redação o que está acontecendo´. É muita cara de pau. Nunca mais me peçam pra falar com este cara".”


Desta tentativa mal sucedida de achaque uma pergunta exsurge: se a Presidência da República sucumbir a um achaque desta natureza qual  outra instituição terá forças para resistir a este tipo de investida?

Divulgar informações, análises e opiniões induzindo o que uma população irá saber ou como perceberá os fatos e informações não é apenas uma das possibilidades do uso dos meios de comunicação social, intimidar com a possibilidade de destruição da honra social e da reputação de alguém é também outra.

Assim, é evidente que podar os tentáculos destes grupos de mídia com a regulação econômica impedindo a propriedade cruzada (jornais, emissoras de rádio e televisão) tal como está previsto no art. 220, § 2º, da Constituição Federal, que veda o monopólio ou oligopólio dos meios de comunicação social, é proteger minimamente instituições e pessoas do achaque destes mafiosos.

Chateaubriand foi o primeiro gangster proprietário de meios de comunicação a montar uma rede que cobria quase todo o território nacional e envolvia jornais e emissoras de rádio e depois tv dando a este império da indústria da notícia o nome “Diários Associados”. Ambicioso e ousado, foi este chefe mafioso que trouxe a tv para o Brasil inaugurando a primeira transmissão ao vivo, como era feito tudo na época, em 1950.

Li a biografia do amoral dono dos “Diários Associados” duas vezes, na segunda sublinhei as partes em que estavam mencionadas a relação da mídia com a grana e percebi que jornal, tv, emissoras de rádio não dão retorno financeiro, precisam de subvenção pública ou privada.

Remanesce provado no livro de Fernando Morais que Chateaubriand era devedor contumaz e achacador de empresários e governos, nunca pagava os empréstimos que contraia e pagava péssimos salários a seus empregados.

Portanto, sem assaltarem os cofres públicos em rombos estratosféricos os grupos da mídia golpista não sobreviverão querendo mandar no Brasil, achacando governos, fazendo e derrubando Presidentes da República como foi no passado. 

Para completar a desgraça dos gangsteres do setor, o fato de colidirem com a sociedade brasileira em seu anseio por reformas acumulou um passivo de ódio que tem sido demonstrado todas as vezes que as equipes de tv destes grupos mafiosos cobrem qualquer evento de massas.

Quanto aos pistoleiros destes gangsteres, alguns com carteiras de jornalistas, saibam que não adianta o puxa-saquismo, o buraco é mais embaixo, não é o exercício da pistolagem por meio dos dos teclados contra partidos e pessoas de esquerda que vai lhes garantir o salário, pois será a tecnologia e a sociedade que irão colocá-los no devido lugar, com chapa-branca e tudo, e sem direito a enterro de luxo.

Notas

[1]  É o bolso que leva a mídia a defender o golpe? http://www.brasil247.com/…/%C3%89-o-bolso-que-leva-a-m%C3%A…


[2] O melancólico fim da revista "Veja", de Mino a Barbosa  

http://noticias.r7.com/blogs/ricardo-kotscho/2014/09/27/melancolico-fim-da-revista-veja-de-mino-a-barbosa/

 

quinta-feira, 23 de abril de 2015

                A MELHORA ANTES DA MORTE


      
                         

Tenho a convicção de que mais cedo ou mais tarde vamos mudar isso, regovar a lei originada do Projeto de Lei 4.330/2004 que torna praticamente sem efeito a CLT retirando com mão-de-gato direitos dos trabalhadores. 

Na votação de ontem, 22 de abril, na Câmara dos Deputados,  a disputa foi dura mas 230 deputados votaram a favor e 203 contra e assim foi  transformado em lei o projeto que permite contratação de mão-de-obra terceirizada em todos os setores de uma empresa, tanto em atividade-fim quanto em atividade-meio [1].

Este é o resultado da não valorização do voto para Deputado Federal e da venda de votos, uma consequência do financiamento privado de campanhas. Quem vende voto não entende que é com o voto de cada cidadão que se elegem deputados e que se fazem e revogam leis e se retira ou inclui direitos na vida das pessoas

Está provado assim desta maneira tão dura que vender voto é um verdadeiro tiro no próprio pé dado por trabalhadores que votaram no PFL/DEM, no PSDB e nos penduricalhos destes partidos, todos algozes do povo brasileiro.

Além de um atentado aos DIREITOS SOCIAIS o PL 4.330/2004 atende à política do imperialismo norte-americano pois uma de suas consequências  será o desaquecimento do mercado interno com a redução dos salários e dos empregos.

A fatia da classe dominante que controla o Estado de São Paulo por meio de seu braço político, o PSDB, é o maior trambolho no caminho da industrialização do Brasil pois foi a FIESP – Federação das Indústrias do Estado de São Paulo - através de seu Presidente, Paulo Skaf, que se empenhou para êxito da votação do PL 4.330/2004 e fez valer o retorno das doações das empresas para as campanhas de seus deputados.

Até as pedras das ruas sabem que se o Brasil fortalecer seu mercado interno retirando milhões de brasileiros da faixa de pobreza e melhorando os salários a influência do EUA vira poeira na América Latina, o poder do império encolhe. Desta maneira, além de inimigos do povo brasileiro o PSDB e o DEM são também traidores desta nação.

A subserviência ao imperialismo e a trairagem da maior parte da classe dominante vai significar sua derrota em futuro próximo pois o Estado de São Paulo está sendo desindustrializado nos últimos vinte anos em que teimosamente se aferrou ao PSDB e se transformou em obstáculo às reformas que retiraram milhões de brasileiros do estado de pobreza absoluta.

Nota

sábado, 18 de abril de 2015


              A GUERRA TOTAL

                

Mais um artigo antológico de PML no link abaixo[1]; neste ele ensina lições de política prática a políticos como Eduardo Cardoso e Tarso Genro entre outros do PT. 

Estes reluzentes petistas não estão entendendo a medida do confronto entre PT e PSDB/DEM ou estão com medo, se fazendo de bestas, rifando companheiros, traindo princípios de solidariedade e respeito pela verdade, que deve ser buscada antes de qualquer julgamento.

Nesta a guerra total que o PSDB/DEM desfecha contra o PT ameaçando até cassar o registro do partido, companheiros estão sendo deixados de lado quando deveriam ser objeto de defesa com a organização e divulgação de documentos que esclareçam os fatos a serem atirados na face dos perseguidores.  

Quando alguém é perseguido ou vitimado por uma injustiça o que mais deseja é ser ouvido, que alguém se interese pelos fatos, que queira saber dos acontecimentos, que queira saber da verdade, dos motivos e causas, enfim, do que aconteceu.

No caso da prisão de João Vaccari a conduta do partido continua a mesma do caso da Ação Penal 470, o mensalão", onde o empenho do PT para esclarecer os fatos foi e continua sendo tíbio, pálido, quando deveria ser categórico, enfático, veemente pois as provas documentais autorizam. 

Naquela data com o PT paralisado, em estado de catatonia quase nada foi feito pelo partido para mostrar que o caixa 2 teve existência com grana lícita e privada dos dois bancos, BMG e Banco Rural e que nem Henrique Pizzolato nem João Paulo Cunha tinham desviado dinheiro público para as empresas de Marcos Valério, dois laudos da Polícia Federal e do Banco do Brasil provavam isso, bem como João Paulo sempre dispôs de documentação que o inocentava [2].

Enfim, era como se houvesse um consenso de que se entregues aqueles companheiros aos leões a fome dos predadores seria aplacada e o resto do partido seria deixado em paz. Este modo de pensar e agir é miserável, feito de medo, fraqueza e quase traição de princícpios e valores que sempre orientaram o partido.

Tenho particular desprezo por covardes e traíras, tenho nojo de ratos de dois pés. Se acreditasse em Deus só faria um único pedido a ele: que um dia se uma arma de fogo for apontada para mim que nunca me ajoelhe e peça para não morrer sob a esfarrapada desculpa de que tenho dois filhos para criar, porque o resto é sorte e treino.

Sempre achei curiosa a seleção que a vida faz para certas situações, dificilmente um homem certo é colocado no lugar certo e aí vem o desastre. Ocorre muito isto na política, dentro e fora dos partidos, figuras apagadas, inexpressivas, covardes, sem a mínima instrução para o lugar que ocupam quando não destituídas de caráter se aboletam em lugares de destaque.

Na política existem muitos palhaços ocupando cargos importantes, suas vozes sendo ouvidas e ampliadas, vivem empurrando as coisas com a barriga ao invés de tomarem decisões, fazerem valer princípios, obstar injustiças, fazer e dizer coisas relevantes.

Contudo, a realidade política é muito dinâmica, muda tão rapidamente quanto mudam de formato as nuvens, e aí a justiça pode ser feita, estas pessoas erradas no lugar errado irem para o lugar certo.

No PT estamos precisando rapidamente desta seleção natural que afaste tipos como Eduardo Cardoso e outros mais, finórios e sem princípios, profissionais na arte de rifar companheiros deixado-os ao abandono, sozinhos na arena, entregues às feras para imolação pública e alegria dos que querem destruir o braço político dos trabalhadores.

Notas



quarta-feira, 15 de abril de 2015

A PRISÃO DE JOÃO VACCARI


            A PRISÃO DE JOÃO VACCARI

        


João Vaccari, tesoureirto do PT, foi preso agora pela manhã.
Ontem comecei a ler a DENÚNCIA oferecida contra ele e mais outros réus. Quero conhecer quais os fatos que lhe imputa o Ministério Público e a consistência da acusação contra ele.

Na segunda-feira, 13/abril, comentava com um amigo que tudo levava a crer que a mesma tática usada no "mensalão" para destruir o PT estava ainda em curso, encarcerar seus dirigentes, execrá-los como ladrões em verdadeiro espetáculo de facciosidade e opção de classe.

Um fato serve de apoio para minha tese: em fevereiro, na véspera da data de aniversário da fundação do PT, 35 anos, Vaccari foi CONDUZIDO COERCITIVAMENTE pela Polícia Federal para oitiva. 

É óbvio que aquilo foi uma jogada do juiz Moro ou do delegado da PF para que os meios de comunicação exibissem Vaccari entrando no carro da polícia; para o grande público tinha sido preso, já estava condenado e execrado como ladrão, corrupto.

A CONDUÇÃO COERCITIVA é prevista nos artigos 218, 260, 278 do Código de Processo Penal para o acusado, a testemunha ou perito que não comparecerem em juízo ou perante autoridade policial quando intimados.

Vacarari nunca se negou a comparecer na PF para esclarecer as doações recebidas pelo partido e o mais que lhe imputarem daí não se justificava a CONDUÇÃO COERCITIVA.

Desta maneira não tenho dúvidas: o objetivo das prisões que começaram no "mensalão", ação penal 470, é destruir o PT na opinião pública, intimidar seus dirigentes, filiados, simpatizantes e eleitores.

A classe dominante está agindo através de seu braço político enquistado no Estado - no Judiciário, no Ministério Público e na Polícia. Ela teima obstinadamente em manter o povo brasileiro em estado de semi-escravidão e não hesita na escolha dos meios, se fraudulentos, criminosos ou não, interessa os resultados, destruir o principal partido de esquerda e braço político dos trabalhadores.

O ex-presidente Lula não está preso, com a cara na grade e execrado como ladrão, porque o país entrará em convulsão caso venham a prendê-lo, sua liderança e popularidade tem sido o habeas corpus.

Veremos como esta perseguição irá acabar pois vão encarcerar mais gente e mais cedo ou mais tarde haverá um duelo entre perseguidos e perseguidores e o perdão está afastado desta contenda. 

Este negócio não vai acabar bem...

     CORRUPÇÃO, O QUE É? MEU PONTO DE VISTA

         


Corrupção como afanameto do dinheiro público tal como o aborto e a sexualidade alheia são assuntos "quentes" para os propagandistas e táticos das manobras políticas.

Sempre que um político de esquerda ou de direita é enredado em qualquer destes assuntos estará em um mar de mal-entendidos, preconceitos, enfim, em uma polêmica infindável. Desta maniera, por provocarem sempre desacordo, atitudes irracionais e histeria coletiva são usados pela direita e seus táticos para enredar os inimigos.

Vamos tecer considerações neste texto apenas sobre o problema da corrupção, do roubo da grana pública, que não é uma questão de ética na política mas uma política de Estado tal qual a tortura, como procurarei demonstrar. 

Vejamos o seguinte dado: a classe dominante brasileira, que corresponde a 5 mil famílias, acumula uma riqueza correspondente a 46% do PIB - 691 bilhões de reais em dados de 2003, realidade provada em estudo do IPEA (Atlas da Exclusão Social - os ricos do Brasil). 

Como é possível esta minoria, que corresponde a menos de 0,001% da população ser dominante?

Ideologias diversionistas, incapacidade de organização política das classes subalternas explicam a dominação da maioria por esta minoria mas a corrupção explica melhor a nervura porque nos faz ver a operacionalidade da dominação. 

Ou seja, sem distribuir algumas migalhas para alguns ou um monte de grana para outros a classe dominante deixaria de ser dominante, sem "engraxar", corromper e sem a adoração do deus dinheiro como ideologia  o capitalismo como conhecemos não existiria.

O funcionamento desta engrenagem é simples e prática, tudo muito consentâneo com o pragmatismo do empresariado. A forma de distribuição deste cala-boca é a disponibilização de dinheiro para ser roubado por juízes, desembargadores, prefeitos, diretores de colégios públicos, Ministério Público e membros das Forças Armadas. 

A grana pública que é destinada para estes entes só formalmente passam pelos Tribunais de Contas, nunca é fiscalizada ou quando é ocorre a divisão, o acerto. Admitamos, disponibilizar uma montanha de dinheiro como se faz na saúde pública sem a fiscalização e controle é pedir para o dinheiro ser roubado.

É neste ponto que a dominação é percebida como controle do poder, controle do Estado (a síntese da correlação de forças políticas). É com a grana existente no ORÇAMENTO PÚBLICO, com os fundos públicos que se forma a classe média, este colchão entre o povo e a classe dominante. Estes fundos públicos são transferidos legalmente ou ilegalmente, pela corrupção. 

Em resumo, quando o sujeito rouba mesmo que seja uma migalha já aceita a sociedade como ela é, injusta e absurda em termos de apropriação individual da riqueza socialmente produzida.

Caso se começasse a prender gente por roubo do dinheiro público, prefeitos, vereadores, juízes, desembargadores, funcionários públicos, o sistema explodiria, uma revolução ocorreria pois o suspiro da panela de pressão seria fechado.

Sem cooptação, sem corrupção, só pela força a classe dominante não dominaria por muito tempo pois todos sabem que os governos mais fracos são os que mais recorrem à violência para dominar

Assim, a corrupção é uma política de Estado, é sistêmica, como a tortura e a violência policial, não é uma aberração, disfunção do sistema, desvio de conduta individual, um problema ético.

No Brasil o dinheiro público foi feito para ser roubado. Corrupção é uma tática de dominação, de cooptação das lideranças dos dominados, e assim deve ser compreendida ou então seremos otários a repetir babaquices como "pela ética na política".

Os meios de comunicação no Brasil, propriedade de apenas seis famílias, não são contra a corrupção, por óbvio. Tentam achacar o governo com o recado: pare de investigar a corrupção que pararemos de lhe associar a corruptos. 

O azar foi que encontraram dois estadistas em seus caminhos, o ex presidente Lula e a Presidenta Dilma, que sabem que se o Presidente da República vergar-se a chantagens nada mais restará no país. 

É esta batalha frontal e às vezes também triangulada que temos visto nos últimos doze anos entre o PT, a classe dominante e seus pistoleiros e muitos incautos pelo meio.

domingo, 12 de abril de 2015

COMO TIRAR PROVEITO DOS INIMIGOS?

                     


Assistindo as manifestações de hoje, 12/abril, em cobertura de tempo integral pelo PIG Globo News me pergunto: como destruir um partido político? Será que extinguirão o PT ou o reduzirão à insignificância? 

Um partido não é o registro de uma sigla no TSE pois para existir precisa ser capaz de influenciar o poder; antes precisa para se firmar atender uma demanda da sociedade, ganhar musculatura, o que melhor ocorre quando representa interesses como braço político de uma classe social fundamental.

Desta maneira o momento de maior robustez de um partido é quando se apresenta na percepção dos cidadãos como uma alternativa de poder com teor classista. 

O PT tem sido visto pelo eleitorado como capaz de exercer o poder e realizar pontos programáticos que satisfazem o anseio da maioria que o conduziu quatro vezes à Presidência da República. 

Indiscutível que o PT tem um forte viés classista, procura ser um representante dos trabalhadores, um braço político da massa assalariada, foi para esta gente direcionou uma parcela dos gastos do ORÇAMENTO DA UNIÃO pela primeira vez através dos programas sociais. O empenho dos  proprietários dos meios de comunicação é para destruir o PT pelo que ele representa em seu viés classista.

Como destruir um partido destes? Será com a simples repetição de "fora PT"? Acredito que não.

Está provado que nem o assassinato de dirigentes partidários é capaz de extinguir um partido, a história dos PC's mundo afora demonstra isso. 

O que pode extinguir um partido é a concorrência, outro ocupar o seu lugar tal como o PSDB fez com o PFL e o PT com o PCB. Outra coisa que tem se mostrado como capaz de extinguir um partido é um erro de grandes proporções, por exemplo, um levante fracassado seguido de repressão.

Fora estes dois casos que me vêm à memória não lembro de outros; refregas e inimigos até ajudam um partido a crescer, se firmar, formar seus quadros e militantes no fragor da disputa e aprender a governar. Ulisses Guimarães dizia que partido é como clara de ovo quanto mais apanha mais cresce. 

É facilmente perceptível que estar no centro da arena política significa apanhar e bater, ser criticado e refutar críticas. Um partido que não é poder ou não influencia é invisível ao eleitorado, não bate e não apanha e não existe além do registro na burocracia da justiça eleitoral.

Desta maneira, estes inimigos provadamente incapazes de se mostrarem como uma alternativa de poder melhor que o PT aos olhos do eleitorado  até o ajudarão em sua tarefa de se reorganizar, recuperar práticas e pontos programáticos esquecidos. 

Os inimigos do PT são perigosos, forjaram o "mensalão", a ação penal 470, e encarceraram inocentes mas têm se mostrado apenas isto, perigosos mas vencíveis.  

Devemos tirar proveito de inimigos que tais, guarnecer os pontos fracos, aprender muito e nos preparar pois mais cedo ou mais tarde haverá um duelo entre PT e PSDB, a fraude chamada "mensalão" deixou impressões indeléveis, desconfianças inapagáveis e a certeza de que o perdão foi deixado de lado nesta luta dura em que o PSDB por quaisquer meios quer  destruir o partido.