quinta-feira, 18 de setembro de 2014


         NAS PONTAS DOS CANOS DAS ARMAS                                




A classe dominante não governará este país sem fazer concessões pois vivemos uma crise social de graves proporções visível nos crimes contra o patrimônio. 

Alerte-se  que esta crise poderia estar mais agravada caso o governo federal não tivesse posto em prática as políticas distributivas de renda, inclusão social e geração de emprego dos últimos doze anos.

Esta crise social é a distribuição de renda nas pontas dos canos das armas e consiste massivamente em crimes contra o patrimônio com violência contra a pessoa tais como roubo, que o povo chama de assalto, e extorsão mediante sequestro, que o povo chama de sequestro. Furtos também são cometidos mas nestes não ocorre violência contra a pessoa.

Para embuçar a verdade e que um dos principais problemas do Brasil é a concentração de renda, ocultando assim também a solução, ou seja, que a pacificação do país só virá com mais distribuição de renda, a mídia chama a crise social de crise de segurança pública

No intuito de resolver a crise social com repressão a mídia monopolista e os incautos, vítimas de seu engodo, pedem mais policiais, mais viaturas, mais armas e redução da maioridade penal.

Contra toda a sensatez a classe dominante já buscou dar um golpe branco para reverter as políticas distributivistas implementadas pelo PT. Para tanto se empenhou através do monopólio dos meios de comunicação a ilaquear a opinião pública com a peta chamada "mensalão". O povo se defendeu como pôde, simplesmente ignorou. Fracassada a fraude jurídico-midiática, a classe dominante tenta agora vencer as eleições com uma jogada mais sutil, um "cavalo de Tróia", Marina Silva.

Contudo, a realidade  política é mais complexa com a crise social que se aguça dia-a-dia. Não é possível governar o país ignorando-a ou com métodos coativos.

Posta na encruzilhada em que não voltará a governar o país sem fazer concessões a classe dominante insiste no sentido contrário. Ou seja, ao invés de universalizar direitos, fazer concessões e assentir com políticas distributivas de renda para superar a crise social e fortalecermos o mercado interno busca  derrotar o PT e retirar direitos.

Com um programa de fachada, copiado descaradamente da web, a criatura tem um verniz capaz de enganar desavisados. Mas algumas coisas verdadeiras foram reveladas na declaração de intenções de um eventual governo de Marina Silva para obter o apoio da classe dominante, cito algumas: a defesa do Estado mínimo do neoliberalismo; outra, a independência do Banco Central,  sendo esta a pedra de toque das políticas neoliberais; e muita desregulamentação da economia em que até a CLT está na mira.

Enfim, Marina Silva como um instrumento do neoliberalismo, se eleita, só vai agravar a crise social ao invés de pacificar o país. Resta saber se governará. Alguns poderão perder os dedos por não terem entregado os anéis.

Nenhum comentário:

Postar um comentário